LOGIN
pt-br
  • pt-br
  • en
  • es
  • fr
  • polaind
]

A redução de custos nas empresas é sempre uma meta, mas vem se tornando uma necessidade urgente conforme as margens das organizações diminuem em todo o mundo. Alguns fatores contribuintes para isto incluem pressões do governo, impostos crescentes, novos concorrentes, clientes cada vez mais exigentes, temas agora como o ESG (governança ambiental, social e corporativa), escassez de mão-de-obra qualificada e problemas na cadeia de suprimentos.

Portanto, reduzir custos e despesas é a prioridade absoluta das empresas. E quando falamos em reduzir custos pensamos imediatamente em demitir funcionários.

Qual a diferença entre custos e despesas?

Antes de começarmos, vamos entender claramente quais são as diferenças entre custos e despesas. Em seguida, debateremos os motivos de procurarmos fazer uma redução de custos nas empresas.

O que é custo?

Custo é qualquer valor aplicado na produção de um produto (no caso de empresas de manufatura) ou na oferta de serviços (para organizações de serviços). Alguns exemplos de custos são: mão de obra, matéria-prima, insumos, além da quantia gasta para a produção deste produto ou do fornecimento deste serviço com a energia elétrica, manutenção, depreciação de máquinas e equipamentos, materiais de limpeza e conservação, entre outros.

Além disso, os custos podem ser classificados em:

O que é despesa?

Já as despesas incluem todos os valores gastos pela empresa para mantê-la funcionando.

Normalmente a despesa é relacionada a tudo aquilo gasto na área de vendas, financeiro, administrativo, recursos humanos, sistemas, marketing e o BackOffice em geral. Portanto, as despesas são um tipo de gasto que não têm ligação direta com a atividade “core” da empresa, como a produção de bens ou oferta de serviços.

Porém, mesmo não contribuindo diretamente pela geração de novos itens a serem comercializados, as despesas desempenham um papel importante e certamente o seu uso pode ter influência no aumento da receita da empresa.

E por sua vez, as despesas podem ser classificadas em fixas ou variáveis:

Neste contexto, vale destacar que gastos basicamente são custos e despesas no geral. E tipicamente, quando alguém fala em reduzir custos está na verdade falando em “reduzir gastos”, mas de forma “coloquial”. Assim, vale lembrar que é fundamental também analisar as possibilidades de se reduzir despesas na organização.

Quer entender de maneira mais aprofundada? Clique aqui e leia 5 dicas para aprimorar o seu controle de despesas e gastos

Por que reduzir custos?

A pergunta acima, de fato é muito simples, correto?

Mas sua resposta é inversamente proporcional, se evidenciando extremamente complexa.

Reduzir custos é um dos maiores aliados da rentabilidade, toda empresa busca reduzir custos sem medir esforços, mas como mencionamos, é uma tarefa muito complexa. Devemos nos atentar que, ao reduzir custos, precisamos sempre ser cautelosos para não causar impactos negativos e terminar a ação em déficit.

Para entender melhor como adotar uma estratégia de redução de custos sem impactar negativamente seus resultados, clique aqui e leia nosso artigo completo. 

A redução de custos nas empresas não é uma tarefa fácil

Será que as empresas que tentaram reduzir custos foram felizes em suas iniciativas?

Nem sempre: pesquisa do instituto americano US Conference Board constatou que, de todas as empresas que tentaram reduzir custos:

Já um estudo feito pela Deloitte mostrou que 75% das companhias que demitiram funcionários para reduzir custos tiveram que recontratar outros para as mesmas posições em até 1 ano.

Outra pesquisa, desta vez da McKinsey, mostrou que somente 10% dos projetos de redução de custos tiveram sucesso após 3 anos de sua implementação.

Mas por que estas iniciativas de redução falharam? Seguramente pela falta de um melhor entendimento de como os recursos eram consumidos nas organizações. A consequência natural em não se medir de forma adequada é na mesma proporção a incapacidade de se fazer uma boa gestão.

Como fazer uma redução de custos nas empresas com eficiência?

Para solucionar este problema, veja 8 ações que irão reduzir seus custos e, consequentemente, aumentar seus lucros:

  1. Estabeleça metas
  2. Tenha cuidado com falsas impressões
  3. Analise seus custos percentualmente
  4. Utilize um sistema de registro confiável
  5. Reavalie o regime tributário
  6. Saiba negociar com os fornecedores
  7. Contrate profissionais qualificados
  8. Invista em ações de marketing

Mas a principal lição de todas é: entenda seus custos.

Não entender quanto custa exatamente um produto, serviço, cliente ou canal acaba prejudicando toda a cadeia de decisão das empresas! Definições como que preços e tarifas praticar, que clientes atender, que descontos podemos conceder e que comissões pagar aos nossos vendedores entre tantas outras passam por um real entendimento dos custos e capacidade de mensurá-los de forma adequada!

Você sabia, por exemplo, que entre 20% e 40% dos produtos e serviços dão prejuízo? E que 20% dos clientes são deficitários? Veja mais sobre o assunto neste artigo dedicado aos custos de servir!

Assim, cabe questionar: que ações tomaremos imediatamente após identificar onde estão os gargalos em nossa organização? 

Sergio Marchionne, ex-CEO da Fiat/Chrysler foi o grande responsável pelo renascimento da empresa nos anos 90. Além de um grande gestor, Sergio Marchionne sempre foi muito bem-humorado. Após o lançamento do carro elétrico Fiat 500e (mais conhecido por “cincoecento electrico”) Sergio veio a público e pediu “Por favor, não comprem o nosso cincoecento!”

Alguns meses antes o Fiat 500e tinha sido lançado com muita pompa e circunstância, consumindo muitos milhões de Euros com a promessa de ser o grande concorrente europeu do Tesla e com a vantagem de ser extremamente econômico. Não foram poucos os atrasos para o lançamento do produto, que quando finalmente ficou pronto contou com pouquíssimas unidades vendidas. Estudos mostraram que o prejuízo por cada unidade vendida era de 20 mil euros!

Sem dúvida, entender os custos e estabelecer estratégias para controlá-los são desafios importantes da gestão da empresa. E que por sua vez, não podem ser superados se não tivermos uma capacidade clara de tomar as melhores decisões, com métodos e processos bem definidos e metodologias adequadas aos grandes desafios que ainda estão por vir.

Precisa de ajuda para fazer uma redução de custos na sua empresa? Preencha o formulário para falar com nossos especialistas!

A redução de custos pode ser desafiadora, mas é muitas vezes um processo inevitável dada a competitividades dos mercados globalizados. Por melhor que um negócio ou produto seja, nenhuma empresa está imune a crises ou períodos em que a demanda não é exatamente a esperada.

Para evitar equívocos nesse momento tão sensível na gestão empresarial, vamos ver neste artigo cinco erros fatais no processo de redução de custos.

1. Demitir para fazer redução de custos

Se os gastos com pessoal estão sufocando suas finanças em um momento de crise, saiba que a demissão de parte do pessoal pode ser desastrosa para a sua empresa. Em curto prazo, essa atitude gera o descontentamento dos que ficam, além da desconfiança pelo fato de eles poderem ser os próximos.

Adicionalmente, gastos com verbas rescisórias podem fazer as finanças de sua empresa piorarem, gerando problemas em cascata pela diminuição da capacidade produtiva. Se a intenção é sair da crise, você precisará de pessoal pronto para o trabalho.

E recontratar após perceber que a demissão foi um erro pode aumentar significativamente seus custos. De acordo com dados da Consultoria Gallup, a substituição de um funcionário pode custar o dobro do valor de sua manutenção.

Ou seja: geralmente, as demissões não são uma boa saída para cortar custos, e é preciso analisar esta alternativa com muito cuidado antes de optar por ela.

2. Diminuir investimentos em publicidade

Como as vendas diminuem, o primeiro impulso é reduzir a publicidade. Não ceda a esse impulso, pois o marketing é o principal responsável por trazer novos clientes para um negócio, e você precisará deles.

Não pense como os seus concorrentes: divulgue não somente os seus principais produtos na busca de novos clientes, mas mantenha sua marca sempre presente na mídia, mostrando que o seu negócio ou foi pouco afetado ou ainda não foi afetado pelos ventos ruins da crise financeira.

3. Redução de custos insignificantes

A qualidade do cafezinho servido para funcionários e para clientes, a qualidade dos guardanapos, dos copos plásticos e até do papel higiênico é algo que provavelmente poderá ser revisto. No entanto, não é aconselhável esgotar o precioso tempo da gestão em gastos de menor importância e materialidade para o negócio.

Além de gerar insatisfação grande por parte dos funcionários e dos clientes, essa atitude não trará economia significativa, gastando tempo de gestão que poderia ser aplicado em outros pontos mais importantes.

4. Não revisar os processos operacionais

A redução de custos pode ser alcançada pela economia ao não se gastar em determinado ponto, mas também pela revisão de processos em toda a empresa. Se esse já era um plano antigo, é hora de revisar todas as esferas operacionais.

Chame gerentes e supervisores para discutirem o que pode ser revisto ou reestruturado. Desde processos produtivos, administrativos e até mesmo o atendimento ao cliente, tudo pode ser revisado, trazendo mais qualidade e menos gastos financeiros para a empresa. Neste escopo, é muito importante ter atenção aos custos indiretos gerados por cada atividade, pois estes muitas vezes passam despercebidos e podem trazer oportunidades valiosas de redução de custos.

5. Sacrificar a qualidade dos produtos e serviços

Se a ideia é tentar manter os níveis de vendas e fazer com que a sua marca seja mais vista pelos seus clientes atuais e por potenciais clientes, a qualidade tem de ser mantida. Às vezes, pequenas reduções de custos acarretarão diminuições muito grandes na qualidade do produto final ou do serviço.

Sendo assim, analise profundamente os gastos produtivos e a possibilidade de redução destes, pois se há algo que não pode ser alterado quando se diminui a demanda por um mercado é a qualidade do produto ou serviço que se oferece.

Redução de custos sem mistério

A redução de custos deve ser constantemente analisada pelos gestores, e em períodos de crise fica mais latente a sua necessidade. Contudo, é necessário avaliar a viabilidade e os impactos das ações de revisão de custos, pois elas podem trazer mais prejuízos do que fôlego financeiro para a sua organização.

Confira 8 dicas para reduzir custos de formar eficiente!

Para garantir que o corte de custos empresariais traga resultados positivos, é indispensável conhecer bem as fontes de custos e como elas se relacionam com as atividades e receitas da organização. Esta pode ser uma análise desafiadora, por isso, o MyABCM foi projetado especificamente para auxiliar organizações a visualizar e controlar seus custos de forma eficiente.

Saiba como ele pode te ajudar! Preencha o formulário abaixo:

A tomada de decisões financeiras é especialmente desafiadora em um negócio. Neste contexto, o FP&A se insere como uma valiosa ferramenta para otimizar o uso de recursos e assim, orientar investimentos, ampliar a rentabilidade e trazer melhores resultados para a organização.

O que é FP&A?

Na prática, o FP&A compreende um grupo de quatro atividades principais, cuja função é avaliar e manter a saúde financeira de uma empresa:

Em conjunto, estas atividades fornecem um panorama geral da situação financeira, e possibilitam a identificação de tendências e oportunidades a partir do acompanhamento do desempenho financeiro do negócio.

Qual é a diferença entre FP&A e gestão financeira?

Embora os dois conceitos se relacionem, eles se diferenciam à medida em que desempenham papéis distintos em uma empresa. Enquanto a gestão financeira abarca as atividades financeiras empresariais de uma forma mais ampla, o FP&A se insere dentro do escopo da gestão financeira e se dedica ao planejamento estratégico, à análise e à tomada de decisões informadas.

Neste âmbito, enquanto a gestão financeira compreende desde a contabilidade, o controle de custos, fluxo de caixa e investimentos até a gestão de riscos, com um foco muito mais documental e operacional, o FP&A adiciona à gestão financeira um caráter estratégico, que visa à análise dos números da organização a fim de propiciar uma tomada de decisões informadas e gerar metas realistas e rastreáveis. Assim, ele trata majoritariamente de atividades com viés histórico e preditivo, com orçamentos, análise de desempenho, simulação de cenários, previsões financeiras, e projeções de fluxo de caixa.

Ou seja, enquanto a gestão financeira visa otimizar a rotina operacional, o FP&A emprega as informações financeiras para orientar a empresa, reduzindo riscos e otimizando os resultados em médio e longo prazo.

Quais são as informações necessárias para implementar o FP&A em uma empresa?

Para uma implementação produtiva do FP&A, é preciso antes de tudo ter fontes de dados atualizadas e confiáveis. Por isso, cabe à equipe de gestão financeira se instrumentalizar com ferramentas para coleta e consolidação de dados, além de levantar as informações contábeis para que os diferentes processos do FP&A sejam aplicados.

Neste contexto, alguns dos documentos e informações mais relevantes para apoiar o FP&A incluem:

  1. Demonstrativos Financeiros: Balanço patrimonial, demonstração de resultados e fluxo de caixa são documentos indispensáveis ao FP&A. Eles fornecem dados importantes sobre a situação financeira da empresa e seu desempenho histórico, servindo como base para gerar análises e projeções financeiras.
  2. Orçamentos e Previsões: Os documentos de orçamento e previsões financeiras são úteis para definir metas realistas, desde as receitas, despesas e lucro líquido até o fluxo de caixa projetado.
  3. Informações de Vendas e Receitas: Informações de vendas segmentadas por produto, nicho de mercado, área geográfica e canal de distribuição, entre outros, não só revelam o desempenho comercial, mas também auxiliam na identificação de tendências, aferência da rentabilidade e geração de previsões de receitas.
  4. Dados de Custos e Despesas: As informações referentes à estrutura de custos da empresa, compreendendo custos diretos e indiretos, fixos e variáveis, despesas operacionais e não operacionais, são indispensáveis para o cálculo das margens de lucro, além de permitirem identificar oportunidades de redução de custos e realizar o aprimoramento da alocação de recursos.
  5. Investimentos: Dados sobre investimentos em ativos fixos, projetos de expansão, fusões e aquisições são relevantes, pois permitem analisar o impacto financeiro dessas decisões, realizar análises de viabilidade financeira e compreender o retorno sobre cada investimento realizado.
  6. Dados de Mercado e Indústria: Informações sobre o ambiente de mercado ajudam a posicionar o negócio em relação às tendências do setor, realizar benchmarking, avaliar taxas de crescimento e preparar a organização para se adequar a regulamentações e fatores econômicos externos, ajudando a mitigar riscos e potencializar os resultados.

XP&A: O FP&A potencializado pela integração de dados

Vale destacar que se fala também em um outro modelo estratégico, o xtended Planning and Analysis (xP&A), que adiciona novas dimensões às análises financeiras do FP&A.

Ele emprega os melhores recursos de FP&A, tais como: previsões, planejamento continuado, e monitoramento de performance, e combina com outras métricas e informações que não são típicas das demonstrações financeiras, gerando uma visão mais abrangente. Entre os dados utilizados, estão incluídos rotatividade de funcionários, custo de aquisição de clientes, experiência do cliente etc.

Leia mais sobre o xP&A aqui!

FP&A: a base para uma gestão financeira bem-sucedida

Aplicar o FP&A pode ser um importante diferencial competitivo. Ao fornecer análises financeiras detalhadas, o FP&A traz insights valiosos que ajudam a identificar oportunidades de economia, otimizar a alocação de recursos e tomar decisões financeiras baseadas em dados históricos e preditivos, com riscos controlados.

Investir em sustentabilidade é estratégico para qualquer empresa. Em primeiro lugar, pela preservação da vida como a conhecemos, obviamente. Mas também por uma questão de posicionamento de mercado. As ações para reduzir o impacto ambiental provocado pelas suas atividades posicionam sua organização de forma positiva perante ao mercado, além de muitas vezes ajudar a obter subsídios e apoio governamental.

Por isso, se a sua empresa ainda não tem um projeto voltado para contribuir com a preservação do meio ambiente, já é mais do que hora de começar. E pode ser mais simples do que parece. Conhecer a pegada de carbono do seu negócio é um primeiro passo para compreender por onde começar com ações eficientes e significativas para todos.

O que é pegada de carbono?

A pegada de carbono é uma métrica da emissão atmosférica de gases de efeito estufa (GEE), que causam mudanças climáticas capazes de afetar os biomas de todo o mundo. Ela pode ser calculada em diferentes escalas, desde a pegada individual deixada por uma pessoa, até a de organizações e países inteiros.

Entre os gases componentes da pegada de carbono estão o gás carbônico (CO2), o metano (CH4), óxido nitroso (N2), clorofluorcarbonos (CFCs), ozônio (O3) e até mesmo o vapor d’água. Estes gases são subprodutos de inúmeras atividades, desde o transporte, até o processo produtivo em si e o descarte de materiais.

Neste contexto, há segmentos de mercado que reconhecidamente produzem pegadas de carbono maiores, como energia, indústria e transportes. Nos países da União Europeia, nos EUA e na China, por exemplo, a maior parte das emissões vêm da produção de energia e calor, enquanto no Brasil são fruto das atividades agropecuárias.

Como calcular a pegada de carbono da sua empresa

Existem inúmeras calculadoras on-line que podem ajudar sua organização a calcular a pegada de carbono gerada. A  2030 calculator (alinhada com a Agenda 2030 da ONU), por exemplo, foi desenvolvida especialmente para ajudar empresas a descobrir suas pegadas de carbono, e é fruto de uma parceria entre a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e uma Fin-Tech Sueca.

Mais detalhada que outras calculadoras disponíveis na Web, ela se baseia em algumas informações chave, que variam conforme o segmento de negócios da sua empresa (educação, indústria, consultoria, etc.). Para indústrias, alguns dados requisitados são:

Este tipo de calculadora é excelente para que a sua empresa comece a visualizar o impacto ambiental de suas operações e possa desenvolver ações para amenizá-lo. No entanto, é importante ter em mente que para uma análise mais sofisticada e completa da pegada de carbono da organização, é necessário dispor de dados precisos e mais completos acerca das atividades do negócio, com outras ferramentas para processá-los.

Você sabia que é possível utilizar o MyABCM para calcular a pegada de carbono? Graças à sua flexibilidade, o software pode se conectar com os diversos sistema de uma organização e ser parametrizado para usar o CO2-eq (dióxido de carbono equivalente) como unidade de medida e então rastrear a pegada de carbono de forma precisa e automatizada.

A partir destas informações, é possível desenvolver métodos não apenas para reduzir as emissões, mas também para entrar com segurança no mercado de créditos de carbono e colocar em prática ações compensatórias que ajudem a minimizar a pegada de carbono da organização

Sustentabilidade que impulsiona o crescimento

A pegada de carbono é uma métrica essencial para as empresas compreenderem o impacto ambiental de suas atividades e tomarem ações sustentáveis. Essa análise detalhada permite explorar oportunidades no mercado de créditos de carbono e buscar ações compensatórias, garantindo operações com menor impacto ambiental e um posicionamento favorável no mercado, com possibilidades aumentadas de apoio governamental e criação de importante diferencial competitivo.

O BPCE é um dos maiores grupos bancários de toda a Europa. Por essa razão, necessita de um suporte tecnológico de ponta, que é realizado pelo Informatique Banque Populaire (IBP), uma das entidades filiadas ao grupo. Nas operações, o IBP tem como papel criar soluções para simplificar a rotina bancária por meio da tecnologia e da inovação.

Além de desenvolver os sistemas de informação das instituições que compõem o grupo, os especialistas do IBP são responsáveis pela criação, teste e lançamento de aplicativos de TI para os múltiplos negócios do grupo, incluindo atividades de fornecimento de crédito ao consumidor, fomento comercial, leasing e outros serviços relacionados.

Os desafios por trás do desenvolvimento de tecnologia bancária

Gerenciar o desenvolvimento de soluções em um setor como o bancário, que requer segurança e usabilidade ímpares, vem com uma série de desafios. Neste contexto, o IBP sofria com algumas dificuldades associadas ao seu modelo de faturamento e a uma forte dependência do Excel em suas atividades internas de gestão.

Na rotina operacional, os especialistas se deparavam com gargalos oriundos da dificuldade no compartilhamento de informações, deficiências na análise de resultados e entraves na geração de dados para fundamentar o processo decisório. Desta forma, a instituição estava em busca de um sistema que fosse capaz de suprir tais demandas e otimizar o fluxo de trabalho, com automatização integral do processo de faturamento.

A seleção do MyABCM para ajustar o modelo de faturamento

Entre as múltiplas opções disponíveis no mercado, o MyABCM foi selecionado pelo IBP, não só graças ao seu custo-benefício, mas também em função da experiência positiva do BPCE na implementação do software.

Com esta escolha, o IBP ganhou uma escalabilidade que o Excel não possibilitava. Além disso, está se beneficiando de um fluxo de trabalho otimizado pela plataforma, que favorece a colaboração entre os usuários. Outros grandes benefícios que estão afetando positivamente a rotina da entidade são a simulação de cenários, que era impossível nas planilhas simples usadas anteriormente, e a capacidade de cada departamento operacional analisar resultados de forma assertiva e confiável. A implementação do MyABCM também aumentou a segurança na gestão dos dados, reduziu o risco de erros e potencializou a produtividade da equipe.

Com o software especializado em gestão de custos e rentabilidade, o IBP agora é capaz de compreender de forma clara seus custos e o impacto de suas atividades comerciais, vinculando as fontes de custos às atividades correspondentes. A equipe de gestão celebra ainda o maior controle sobre os recursos de restituição e rastreabilidade, que são agora reconhecidos como ativos valiosos para o negócio, e percebe uma capacidade produtiva aumentada em seu time.

A Universidad Alberto Hurtado é uma instituição de ensino superior público, sem fins lucrativos, com sede principal em Santiago, Chile, onde fica seu maior campus. Membro da AUSJAL e da FLACSI, dois grandes grupos que compreendem mais de 200 organizações educacionais na América Latina, a universidade tem grande prestígio e oferece cursos de graduação e pós-graduação em mais de 20 áreas do conhecimento de humanas e exatas além de programas de intercâmbio.

Em toda a sua estrutura, a instituição emprega cerca de 500 professores e atende a uma comunidade de mais de 6 mil alunos em suas várias faculdades distribuídas em dois campi. Diante dos desafios de oferecer educação de qualidade mediante a gestão dos recursos recebidos de seus benfeitores, a Universidad Alberto Hurtado buscava por uma solução que permitisse identificar as principais fontes de custos e direcionar os investimentos para pontos chave da instituição.

Gestão de recursos na educação superior moderna

O MyABCM chega à Universidad Alberto Hurtado em um momento muito especial. Com um planejamento estratégico estruturado sobre 13 objetivos a serem alcançados até 2030, a instituição optou pelas nossas soluções para organizar a alocação de recursos e potencializar o sucesso na conquista de seus planos. Entre as metas para este futuro próximo, incluem-se tópicos das esferas educacionais e administrativas, como:

Neste contexto, compreender como as finanças são arrecadadas e quais de suas atividades consomem mais recursos é o primeiro passo para equilibrar a distribuição de investimentos e possibilitar a realização de todos os objetivos estratégicos dentro do período proposto.

Centralização das informações das atividades educacionais

Com o MyABCM, a Universidad Alberto Hurtado conseguirá visualizar de forma clara como cada uma de suas atividades de ensino e pesquisa consome recursos. Desta forma, ficará apta a tomar decisões importantes e fazer alocações estratégicas com segurança, investindo nas áreas que mais precisam dos recursos e oferecem potencial de crescimento para a instituição e suas atividades.

Será possível, por exemplo, compreender quanto investimento é necessário para alcançar as metas de novos estudantes e expansão dos campi, além de eliminar ou ajustar possíveis atividades deficitárias a fim de realocar os recursos a elas destinadas e obter melhores resultados. A expectativa é que estes recursos possibilitem que a instituição continue oferecendo educação de alta qualidade, enquanto investe em áreas essenciais para ampliar sua atuação.

O setor agrícola ocupa lugar no pódio dos segmentos que mais contribuem para o Produto Interno Bruto Brasileiro. De acordo com dados do Cepea, em 2022, o agronegócio foi responsável por 24,8% do PIB nacional, ficando atrás apenas dos setores de serviço e indústria. No ano, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) fechou em R$ 1,189 trilhão.

No entanto, mesmo com uma grande participação na geração de riqueza, o setor vem enfrentando cada vez mais desafios, especialmente no segmento agrícola. Mudanças climáticas, atos regulatórios, alta concorrência, encarecimento dos insumos e outros fatores têm levado a um aumento dos custos de produção de alimentos no país. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as tensões entre Rússia e Ucrânia foram um dos principais fatores na elevação de custos do setor, que em 2022 registrou alta de até 125% em alguns fertilizantes, comparados com os valores de 2021.

Em contrapartida, a necessidade mundial pela produção de alimentos continuará crescendo a cada ano. Segundo o relatório Agriculture at a Crossroads, da FAO, a demanda por alimentos deve aumentar em 70% até 2050. Este padrão caracteriza o agronegócio como um dos setores com perspectivas mais desafiadoras para o próximos anos.

Um aumento da demanda associado à crescente dos custos e aos desafios impostos pelas regulamentações ambientais e concorrências globais exige que as empresas do agronegócio invistam em ferramentas para controlar custos e ampliar a rentabilidade, sem perder espaço no disputado mercado das comodities.

As principais fontes de custos e os custos mais subestimados no agronegócio

Uma das fontes de custos mais subestimadas no setor é a de operações de armazenagem da produção. De acordo com dados da Conab, a capacidade de armazenagem de produção brasileira é inferior à colheita, o que leva a elevadas taxas de perda. Segundo a entidade, a produção neste ciclo deve ser de cerca de 45 milhões de toneladas, enquanto a capacidade de armazenagem estática é de apenas 32 milhões de toneladas.

Este dado revela uma importante oportunidade para as organizações do agronegócio, que precisam controlar os preços e ampliar o atendimento ao mercado. Compreender exatamente qual o peso do prejuízo gerado pelas operações de armazenagem e logística dentro da cadeia produtiva é uma ação importante para determinar ações a fim de mitigar o problema e, assim, ampliar as margens sem necessariamente aumentar os preços, que já estão disparando por conta da alta dos custos de insumos. Neste contexto, um próximo passo claro para o agronegócio brasileiro é o investimento em silos e tecnologias de armazenamento que atendam à produção nacional.

De olho nos custos do futuro do agronegócio

Não bastassem as perdas na cadeia produtiva e a alta dos insumos, a produção agrícola tem à sua frente um cenário particularmente complexo. À mesma medida em que é necessário ampliar a produção para atender à demanda nos próximos anos, a tendência é que se torne cada vez mais caro e difícil produzir alimentos.

As exigências de sustentabilidade e responsabilidade ambiental terão um peso cada vez maior sobre o setor, exigindo do agronegócio medidas para reduzir o impacto negativo de suas atividades. O setor agropecuário atualmente é responsável por 25% das emissões de carbono globais (dados da FAO), além de ser o causador de metade da erosão de solo mundial anualmente, inutilizando 1,3 bilhões de toneladas de solo todos os anos. Por este motivo, as pressões governamentais com novas regulamentações para o setor devem se tornar cada vez maiores.

Neste contexto, investir em tecnologias e ações para reverter estes números é necessário não somente para a adequação às normas, mas também para possibilitar a continuidade das próprias operações em longo prazo e para posicionar as empresas do setor de forma competitiva, como aliadas das causas ambientais. Mas isso vem com grandes custos. Alterar as técnicas produtivas a fim de estabelecer um formato menos destrutivo sem perder a produtividade não é uma tarefa simples, nem barata.

Por isso, estamos vivendo um momento em que se tornou simplesmente indispensável buscar soluções que permitam visualizar de forma clara as múltiplas fontes de custos da produção. As organizações que investirem em tecnologias capazes de rastrear custos de forma acurada e simular cenários a partir de dados confiáveis estarão mais aptas a manter suas margens mesmo frente ao aumento dos custos de produção, aproveitando as oportunidades geradas pelo aumento da demanda, além de conquistarem flexibilidade financeira para investir em ações e posicionamento sustentável sem comprometer os ganhos do negócio.

O ChatGPT virou assunto e não sai mais das rodas de conversas, especialmente no mundo dos negócios. Empresários e profissionais dos mais diversos segmentos debatem incansavelmente sobre como ele vai impactar o mercado de trabalho e de que forma pode ajudar as organizações a reduzirem custos e se tornarem mais rentáveis.

Mas a verdade é que o ChatGPT é apenas a porção visível de um grande setor em constante desenvolvimento e que já opera entre nós há muito tempo. Se buscarmos na história das inteligências artificiais como as conhecemos hoje, encontraremos suas origens em meados da década de 50, quando surgiram tecnologias como o Logic Theorist, desenvolvido por Allen Newell e Herbert Simon na Universidade de Rand, nos Estados Unidos; e o Perceptron, criado pelo psicólogo Frank Rosenblatt em 1957.

Enquanto o primeiro reproduzia o raciocínio humano e resolvia problemas, chegando a provar teoremas matemáticos, o segundo era uma rede de neurônios artificiais apta ao aprendizado, sendo um dos principais precursores do Machine Learning, que hoje é a força vital de mecanismos como o ChatGPT.

Quem é o ChatGPT no universo das IAs e o que mais existe além dele?

O ChatGPT é uma tecnologia baseada em processamento de linguagem natural (NLP), que o permite entender texto em vários idiomas e gerar respostas em linguagem natural, sem precisar de uma programação específica para realizar cada tarefa. Ou seja: ele literalmente fala a nossa língua.

E essa é parte da razão de causar tanto encanto. Além de otimizar pesquisas na Web (ameaçando representantes poderosos das Big Techs, como o Google), ele promove uma experiência de diálogo com a máquina, sem que o usuário precise saber qualquer linguagem de programação. Com o acesso liberado à sua tecnologia, quem não está se sentindo o protagonista de um filme de ficção científica, está vivendo no passado.

Mas existem inúmeras IAs que trabalham diariamente em outras funções. No mercado financeiro, por exemplo, existem sistemas baseados não só no NLP, mas também em machine learning, sistemas de detecção de fraudes, além dos robo-advisors e algoritmos de negociação. Estes dois últimos se destacam por atuarem diretamente nas transações.

Enquanto os robo-advisors oferecem orientações de investimentos automatizados a partir de informações cedidas pelos investidores (sendo grandes aliados de iniciantes no mercado financeiro e de quem não tem tempo para monitorar o cenário), os algoritmos de negociação empregam dados de mercado obtidos em tempo real para tomar decisões críticas de compra e venda de ativos financeiros. Isso é possível pois eles são programados para identificar padrões de preços e tendências de mercado, possibilitando aos traders tomarem decisões orientadas por dados e executarem negociações com muito mais agilidade e confiança.

E se engana quem pensa que isso é novidade. O emprego de IAs no mercado financeiro se iniciou na década de 1970, com sistemas como o INGRES (Intelligent Graphic Reinvestment System). Desenvolvido pela empresa de investimentos Dean Witter Reynolds (que agora integra a Morgan Stanley, líder mundial em serviços financeiros) ele foi um pioneiro no setor. Aplicando redes neurais (do modo semelhante ao Perceptron), ele analisava dados das transações e previa as tendências do mercado.

O INGRA já não está mais em uso, mas hoje em dia sistemas como Sentieo, Kavout, Kensho e Acorns são algumas das tecnologias de IA em aplicação na compra e venda de ações e aconselhamento em investimentos.

O que esperar da participação das IAs no mercado financeiro e no ambiente de negócios nos próximos anos?

Em meio a tantos receios quanto à segurança da informação (e até quanto a uma possível revolução das máquinas) é difícil prever exatamente o rumo que estas tecnologias tomarão e qual papel elas vão assumir no nosso dia a dia num futuro próximo. Contudo, a expectativa do mercado é de que seu uso se torne sim cada vez mais massificado, como uma ferramenta para impulsionar resultados e reduzir custos em médio e longo prazo.

De acordo com pesquisa da Market Data Forecast, espera-se um crescimento do mercado de IA no setor financeiro correspondente a uma taxa anual composta de 41,2% entre 2020 e 2027, saltando de US $ 6,7 bilhão para US $ 15,8 bilhões no período. Dado alinhado com pesquisa da Tractica, cuja estimativa é de que até 2025, transações de comércio eletrônico intermediadas por IA em todo o mundo ultrapassem 36 bilhões de dólares.

Este crescimento é resultado do aumento da eficiência produzido por estas tecnologias. A própria Nasdaq aplica algoritmos de IA para acelerar e reduzir os custos das negociações, levando as transações a um novo patamar.

É claro que tamanho avanço não ficaria restrito ao mercado financeiro. Pesquisas indicam que o uso destas tecnologias também pode beneficiar as empresas, e que por isso elas terão maior participação também no ambiente corporativo.

De acordo com a Accenture, as IAs aplicadas à gestão empresarial são capazes de reduzir custos em até 30% e ampliar a receita em até 38% em 16 segmentos diferentes, como Educação, Food Service, Hotelaria, Saúde, Atacado, Varejo, Manufatura, entre outros. Um verdadeiro trampolim de rentabilidade para as organizações que investirem nestas ferramentas.

E os empresários já estão de olho nesta tendência. Em uma perspectiva complementar, dados da Forbes indicam que até o final deste ano, a automação de processos empresariais com sistemas de IA deve crescer em 57%.

Olhando para além do ChatGPT, é fácil notar que o uso das Inteligências Artificiais já se tornou um gigantesco agregador de vantagem competitiva para negócios de todos os setores. Com isso, cabe aos CEOs e CFOs ficarem atentos para saírem na frente nesta corrida, investindo em soluções capazes de colocar seus negócios em destaque frente à concorrência.

Com 90 anos de história e seis linhas de produções em suas duas fábricas, a Sevam é uma líder mundial na fabricação de vidros. Para otimizar a gestão de custos de um portfólio extenso e capaz de suprir grandes indústrias em diferentes países, a empresa marroquina optou pelo MyABCM como solução para substituir o software anterior, que foi descontinuado.

Prolongando uma já longeva história de sucesso com o auxílio da gestão de custos

Ao longo de suas 9 décadas de consolidação no mercado, a Sevam conquistou clientes de todo o mundo e hoje exporta seus produtos para 12 países. Entre as organizações globais atendidas pelos produtos da indústria marroquina estão gigantes como Coca-Cola, Nestlé e Pepsi.

Para suprir as necessidades de embalagem em vidro destes e de outros nomes de grande peso, a Sevam opera com um portfólio diversificado e dedica inteiramente uma de suas fábricas à produção desta mercadoria. Esta planta industrial produz sozinha 400 milhões de itens ao ano, entre potes, jarros e garrafas, que são exportados para diferentes países.

Já a segunda unidade fabril opera exclusivamente na produção de peças domésticas em vidro, como copos ornamentados, tigelas e plafons para luminárias. As linhas de produção dedicadas a estes produtos fabricam 120 milhões de itens ao ano.

Com foco na excelência do atendimento ao cliente e na sustentabilidade em suas operações, gerir a produção de um portfólio diversificado que é distribuído para todo o mundo é um desafio que exige ferramentas sofisticadas. Por isso, a Sevam visualizou no MyABCM um instrumento com potencial para se manter rentável e continuar crescendo.

Gestão de múltiplos centros de custos consolidada em um só ambiente

A Sevam necessitava não apenas de um sistema capaz de oferecer as funcionalidades ideais para o controle de custos, mas também de um processo de implantação que otimizasse o modelo de custeio e centralizasse suas múltiplas fontes de informações.

O MyABCM foi escolhido pela capacidade de fornecer informações detalhadas para cada atividade do negócio, enquanto se integra com outros sistemas da empresa, oferecendo relatórios consolidados e simulação de cenários. Com esses recursos, entre muitos outros, a indústria será capaz de seguir investindo em novas frentes de atuação e soluções de segurança para seus funcionários e sustentabilidade para sua região sem comprometer seus resultados em médio e longo prazo.

Saiba mais sobre as funcionalidades do MyABCM. Solicite uma demo no formulário abaixo.

Os últimos meses foram marcados por alta nos juros e muitas incertezas quanto ao cenário econômico global. A recente quebra de dois grandes bancos americanos aumentou a tensão e a expectativa por uma possível recessão de proporções mundiais.

A falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank para muitos é um dos esperados sintomas de uma inevitável crise. Mas é preciso compreender o que aconteceu para avaliar o possível impacto às atividades de outras instituições bancárias.

O banco das startups

Localizado na região do Vale do Silício, na Califórnia, O SVB era uma das principais instituições a fornecer crédito para startups e empresas de tecnologia. Era considerado o 16º maior banco dos EUA pelo Fed (o banco central americano) e em 2021 declarou que 50% das startups de risco nos EUA tinham no Silicon Valley Bank sua principal instituição financeira.

De acordo com Alexandre Cancherini em entrevista à InfoMoney o SVB possuía uma grande captação de recursos através de depósitos. E segundo o especialista, a resposta de um banco quando há muita liquidez é conceder empréstimos e investir em títulos.

Mas como a pandemia de Covid-19 freou os investimentos em muitas áreas e, portanto, as solicitações de crédito, o banco direcionou sua gestão à compra de títulos. Agora, com o aumento dos juros, os investidores que antes faziam grandes depósitos, passaram a fazer grandes saques.

Cancherini explica que para cobrir a movimentação, o Silicon Valley Bank foi obrigado a vender muitos títulos com baixo retorno. Desta maneira, formou-se o déficit que levou à sua quebra. O mesmo fenômeno se repetiu com o Signature Bank, que teve o mesmo destino.

Um efeito cascata com potencial para agravar a crise

O fato é que duas falências de grandes bancos em períodos tão próximos e em um ambiente econômico instável pode ser o estopim para um efeito cascata que vai agravar a situação dos mercados. Com a insegurança no cenário econômico, clientes de bancos de todo o mundo iniciaram um processo de retiradas de suas contas e aplicações.

Um possível movimento massificado de fuga das instituições bancárias teria como resultado inevitável a falência de mais bancos, provocando um efeito dominó implacável para a economia global. Não à toa, o presidente Biden se pronunciou sobre o assunto, afirmando categoricamente que os depósitos dos clientes bancários dos EUA estão seguros.

Nas palavras de Biden: “Os americanos podem confiar que o sistema bancário é seguro. Seus depósitos estarão lá quando você precisar deles”

Buscando restabelecer a confiança dos investidores no sistema bancário americano, em sua fala, Biden fez referência indireta a algumas das ações de segurança implementadas após a recessão alavancada pela bolha imobiliária americana.

As lições aprendidas com a Crise do Subprime em 2008

A bolha imobiliária que estourou nos EUA em 2008, conhecida como Crise do Subprime, impactou países de todo o mundo e teve gravíssimas consequências para os EUA, que em 2012 ainda tinha uma dívida pública de 103% do seu PIB. Por isso, durante sua recuperação o país instituiu uma série de ações para proteger bancos, clientes e investidores, como:

Ou seja, o sistema americano está preparado com inúmeros instrumentos para evitar o alastramento de uma crise ao longo de todo o seu sistema bancário. Daí o pedido de Biden para que os investidores mantenham a confiança e não retirem seus ativos de suas instituições bancárias.

Um dos movimentos que confirmam a disponibilidade de instrumentos para evitar a quebra de mais bancos foi a injeção de cerca de 30 bilhões em liquidez no First Republic Bank. O socorro foi prestado por um conjunto de 11 bancos dos Estados Unidos, que emitiram comunicado informando que a ação seria um reflexo da confiança das instituições no sistema bancário americano.

No mesmo caminho, mas em outro continente, o Credit Suisse recebeu apoio que pode chegar a 50 bilhões de francos suíços (equivalente a mais de 53 bilhões de dólares). A falência da instituição culminou com sua venda, cujo resultado será a formação do maior conglomerado bancário da Europa desde a Crise do Subprime.

Se o cenário se estabilizar e os investidores mantiverem seus ativos nos bancos onde estão depositados, a expectativa é de que a falência do Silicon Valley Bank, do Signature Bank e a injeção de recursos em outras instituições bancárias não acelere o surgimento de uma recessão global.