É desnecessário dizer que o país passa por um momento de crise, muito em função de fatores políticos e também como consequência da Covid-19. Mas na verdade, uma pesquisa da Revista Exame mostra que antes mesmo da pandemia a situação das empresas nacionais já era muito complicada.
O estudo, englobando as 500 maiores empresas do Brasil, constatou que nos últimos 10 anos a margem líquida média destas foi de menos de 3%. Para ser mais exato, o valor aferido foi 2,54%.
Vale lembrar que, em teoria, estamos falando das empresas mais profissionalizadas, com volumes altos (e, portanto, poder de barganha em suas compras), maior visibilidade e mesmo maior disponibilidade financeira para ações de marketing e vendas. E, novamente, estamos falando de antes da pandemia. Imagine estes números agora!
Mas este não é um fenômeno nacional. As margens das organizações vêm historicamente sendo reduzidas em todo o mundo. Alguns fatores contribuintes para isto incluem pressões do governo, impostos crescentes, novos concorrentes, clientes cada vez mais exigentes, temas agora como o ESG (governança ambiental, social e corporativa) e mesmo a pandemia e suas consequências como escassez de mão-de-obra qualificada e problemas na cadeia de suprimentos.
Portanto reduzir custos e despesas é a prioridade absoluta das empresas. E quando falamos em reduzir custos pensamos imediatamente em demitir funcionários.
Antes de começarmos, vamos entender claramente quais são as diferenças entre custos e despesas. Em seguida, debateremos o que é e o motivo de procurarmos reduzir custos.
Custo é qualquer valor aplicado na produção de um produto (no caso de empresas de manufatura) ou na oferta de serviços (para organizações de serviços). Alguns exemplos de custos são: mão de obra, matéria-prima, insumos, além da quantia gasta para a produção deste produto ou do fornecimento deste serviço com a energia elétrica, manutenção, depreciação de máquinas e equipamentos, materiais de limpeza e conservação, entre outros.
Além disso, os custos podem ser classificados em:
Já as despesas incluem todos os valores gastos pela empresa para mantê-la funcionando.
Normalmente a despesa é relacionada a tudo aquilo gasto na área de vendas, financeiro, administrativo, recursos humanos, sistemas, marketing e o BackOffice em geral. Portanto, as despesas são um tipo de gasto que não têm ligação direta com a atividade “core” da empresa, como a produção de bens ou oferta de serviços.
Porém, mesmo não contribuindo diretamente pela geração de novos itens a serem comercializados, as despesas desempenham um papel importante e certamente o seu uso pode ter influência no aumento da receita da empresa.
E por sua vez, as despesas podem ser classificadas em fixas ou variáveis:
Neste contexto, vale destacar que gastos basicamente são custos e despesas no geral. E tipicamente, quando alguém fala em reduzir custos está na verdade falando em “reduzir gastos”, mas de forma “coloquial”. Assim, vale lembrar que é fundamental também analisar as possibilidades de se reduzir despesas na organização.
A pergunta acima, de fato é muito simples, correto?
Mas sua resposta é inversamente proporcional, se evidenciando extremamente complexa.
Reduzir custos é um dos maiores aliados da rentabilidade, toda empresa busca reduzir custos sem medir esforços, mas como mencionamos, é uma tarefa muito complexa. Devemos nos atentar que, ao reduzir custos, precisamos sempre ser cautelosos para não causar impactos negativos e terminar a ação em déficit.
Será que as empresas que tentaram reduzir custos foram felizes em suas iniciativas?
Nem sempre: pesquisa do instituto americano US Conference Board constatou que, de todas as empresas que tentaram reduzir custos:
Já um estudo feito pela Deloitte mostrou que 75% das companhias que demitiram funcionários para reduzir custos tiveram que recontratar outros para as mesmas posições em até 1 ano.
Outra pesquisa, desta vez da McKinsey, mostrou que somente 10% dos projetos de redução de custos tiveram sucesso após 3 anos de sua implementação.
Mas por que estas iniciativas de redução falharam? Seguramente pela falta de um melhor entendimento de como os recursos eram consumidos nas organizações. A consequência natural em não se medir de forma adequada é na mesma proporção a incapacidade de se fazer uma boa gestão.
Para solucionar este problema, veja 8 ações que irão reduzir seus custos e, consequentemente, aumentar seus lucros:
Não entender quanto custa exatamente um produto, serviço, cliente ou canal acaba prejudicando toda a cadeia de decisão das empresas! Definições como que preços e tarifas praticar, que clientes atender, que descontos podemos conceder e que comissões pagar aos nossos vendedores entre tantas outras passam por um real entendimento dos custos e capacidade de mensurá-los de forma adequada!
Você sabia, por exemplo, que entre 20% e 40% dos produtos e serviços dão prejuízo? E que 20% dos clientes são deficitários? Assim, cabe questionar: que ações tomaremos imediatamente após identificar onde estão os gargalos em nossa organização?
Sergio Marchionne, ex-CEO da Fiat/Chrysler foi o grande responsável pelo renascimento da empresa nos anos 90. Além de um grande gestor, Sergio Marchionne sempre foi muito bem-humorado. Após o lançamento do carro elétrico Fiat 500e (mais conhecido por “cincoecento electrico”) Sergio veio a público e pediu “Por favor, não comprem o nosso cincoecento!”
Alguns meses antes o Fiat 500e tinha sido lançado com muita pompa e circunstância, consumindo muitos milhões de Euros com a promessa de ser o grande concorrente europeu do Tesla e com a vantagem de ser extremamente econômico. Não foram poucos os atrasos para o lançamento do produto, que quando finalmente ficou pronto contou com pouquíssimas unidades vendidas. Estudos mostraram que o prejuízo por cada unidade vendida era de EUR 20,000!
Sem dúvida, entender os custos e estabelecer estratégias para controlá-los são desafios importantes da gestão da empresa. E que por sua vez, não podem ser superados se não tivermos uma capacidade clara de tomar as melhores decisões, com métodos e processos bem definidos e metodologias adequadas aos grandes desafios que ainda estão por vir.
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