Você sabe o que é folga financeira? Basicamente, esse conceito é equivalente a uma margem de segurança para uma empresa e está ligado diretamente com o endividamento setorial e algumas outras concepções que fazem parte da instituição.
Também conhecida como “endividamento relativo”, a folga financeira possui prós e contras na estrutura do capital das empresas e, por isso, é importante escolher como trabalhar com ela.
Se você ainda desconhece esse conceito, não se preocupe! No post de hoje lhe mostraremos tudo sobre ele e você vai descobrir se ele é determinante ou não para a estrutura do seu negócio. Acompanhe!
Definição de folga financeira
A folga financeira é a capacidade de dívida não utilizada do caixa e equivalentes de caixas não utilizados que estão disponíveis para a empresa. Esse dinheiro extra disponível ajuda uma empresa a passar por períodos difíceis, como queda nas vendas, na receita ou nos lucros.
No entanto, muita folga também pode causar problemas como o difícil controle da economia da companhia e disciplina inadequada da gestão, por exemplo.
Presença em uma empresa
A situação que representa o endividamento relativo dentro de uma empresa é quando seu capital circulante líquido (CCL) — também chamado de capital de giro líquido (CGL) — for positivo.
O CGL representa recursos provenientes do passivo não circulante que financiam o ativo circulante (AC). Em caso de positivo, o ativo circulante também é financiado por recursos de longo prazo.
Cálculo do CGL
CGL = AC – Passivo Circulante
Quando o CGL for zero, significa que o ativo circulante da empresa é financiado somente pelos recursos de curto prazo, que são os passivos circulantes. Os recursos de longo prazo estão todos nos ativos circulantes.
Quando o CGL é negativo, os recursos de curto prazo estão financiando tanto os ativos circulantes quanto os não circulantes. Nesta situação, a empresa apresenta insuficiência de fundos para pagar suas contas.
A liquidez da empresa é outro indicador de segurança que pode indicar essa folga. Se a instituição está tendo retornos menores que o mercado, ela possui menos caixa que as outras. Ou seja, está menos líquida — fato que complica a evolução da empresa e vice-versa.
A liquidez está ligada diretamente com o custo de capital próprio da empresa (CAPM), já que ele pode ser medido através de uma taxa mínima de atração (TMA) — que, por sua vez, pode sofrer influências da liquidez. Uma empresa com liquidez menor possui maior risco e, consequentemente, atrai menos investimentos.
Taxa Mínima de Atração
TMA = TLR+Bx (RM-TLR)
TLR (taxa livre de risco), B (coeficiente de risco) e RM (retorno esperado).
Visando a segurança econômica de uma empresa a longo prazo, é preciso observá-la em conjunto com o endividamento setorial. O resultado é um cenário no qual os fornecedores de recursos controlam a oferta de capital para gerenciar seus riscos e exposições levando em consideração as características dos setores que as empresas pertencem.
O endividamento setorial é o alvo das empresas em relação à mediana do setor. Existem evidências de diferenças entre a estrutura de capital de setores de atividades e que o endividamento setorial tende a estabilizar ao longo do tempo.
Oferta ou demanda de fundos, são valores que o endividamento setorial possui na determinação da estrutura de capital. Empresas com características similares demandam mesmo volume de capital e os provedores de crédito, utilizam da mediana do setor para medir o risco da operação, o que limita o grau de alavancagem.
Esse conceito, avaliado como modelo de endividamento relativo e endividamento setorial sobre a reformulação da estrutura de capital das empresas, mostra que o endividamento de uma empresa tende a seguir o endividamento setorial, porém tende a reverter essa tendência em dois anos.
A velocidade de reversão está ligada à folga financeira, logo, empresas mais distantes do endividamento mediano do seu setor se equilibram mais rapidamente. Outra observação a se fazer é que a liquidez corrente e um capital de giro líquido elevados contribuem para o aumento do desempenho de mercado das entidades.
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