Demissões: O “corte de custos” que pode afundar sua empresa!
Quando falamos em corte de custos, demitir funcionários pode parecer uma solução simples e imediata. Afinal, as despesas com pessoal muitas vezes representam uma das maiores despesas nas organizações.
No entanto, ao longo dos anos, estudos demonstraram que essa prática pode trazer mais prejuízos do que benefícios no médio e longo prazo. Demissões não resolvem problemas estruturais e, em muitos casos, podem até aumentar os custos da empresa.
Corte de custos às avessas: custos ocultos e o impacto negativo das demissões
De acordo com o “The US Conference Board”, 30% das empresas que recorreram a demissões esperando obter um corte de custos observam na verdade um aumento das despesas. Além disso, 22% delas acabaram cortando os funcionários errados, o que resultou em perda de talentos valiosos e na necessidade de novas contratações.
Além do impacto imediato, demitir e recontratar gera um ciclo oneroso. A Deloitte indica que 75% das empresas que demitiram funcionários para cortar custos acabaram precisando recontratar para as mesmas posições em até um ano.
Vale lembrar que esses custos incluem não só o processo de seleção e contratação, mas também o treinamento e o tempo de adaptação do novo colaborador, que em geral apresenta menor produtividade no início do trabalho. Ou seja, o custo inicial com a demissão (que já não é baixo) acaba se somando a investimentos adicionais no longo prazo, a fim de substituir um colaborador que não deveria ter saído.
Esses números refletem uma realidade preocupante: as demissões podem parecer uma solução rápida, mas falham em abordar problemas operacionais mais profundos e com maiores impactos nos custos empresariais, como processos ineficientes e desperdícios ocultos. Além disso, podem no final das contas gerar mais custos desnecessários.
A importância de otimizar processos
A McKinsey & Company aponta que apenas 10% das tentativas de corte de custos por meio de demissões se mostram eficazes após três anos. Isso se deve ao fato de que, ao demitir sem revisar processos internos, a empresa acaba redistribuindo atividades improdutivas para uma equipe menor, o que pode comprometer a qualidade e eficiência do trabalho.
Por isso, é essencial que as empresas se concentrem em identificar quais processos agregam valor e quais podem ser otimizados ou eliminados. Sem essa revisão, as demissões apenas agravam os problemas, gerando uma carga ainda maior para os colaboradores restantes.
Foco na eficiência e no cliente para gerar real corte de custos
Um estudo da The Economist destacou que as empresas que sobrevivem às crises são aquelas que sabem onde não cortar custos. Elas priorizam as áreas estratégicas que garantem a satisfação do cliente e mantêm os processos que geram valor. Ou seja, o segredo não está em demitir, mas em melhorar a eficiência e garantir que os recursos estejam sendo usados de forma inteligente.
Em vez de recorrer a demissões como solução para cortar custos, as empresas devem focar em uma gestão de custos eficiente, analisando processos, eliminando atividades redundantes e mantendo o foco no cliente. A chave para o sucesso não é cortar pessoal, mas otimizar operações e alocar recursos (inclusive os humanos) de maneira mais estratégica.
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